O cenário
econômico, neste pós-eleições, anda meio nebuloso para os empreendedores de
pequenas e médias empresas. Mesmo assim, ainda existe espaço para que elas
possam crescer. Mas como conseguir um crescimento sustentável?
Uma das saídas
é contar com a participação de investidores – fundos de private equity e
venture capital ou outras empresas maiores no negócio; enquanto a concorrência
se atola em dívidas de curto prazo. São esses investidores que podem dar aporte
financeiro e operacional para a empresa conseguir se reerguer no mercado e
crescer.
O empresário
deve ampliar seu olhar, estar receptivo às novas opções e se preparar para
essas possibilidades. Muitos já aderiram. De acordo com a Associação Brasileira
de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), foram R$ 100 bilhões em capital
comprometido no país, somente no ano passado.
Fundos de
investimentos nacionais e estrangeiros estão apostando nas empresas brasileiras
e empregam recursos para que elas cresçam e, assim, possam participar de seus
resultados. Mas como atrair tais investidores? Antes de tudo, é importante que
o empresário tenha em mente que os fundos estão em busca do empreendedor
comprometido; com visão de longo prazo e desejo de evoluir.
Transparência e
clareza na gestão são fatores determinantes e, para que a parceria dê certo, a
empresa precisa estar alinhada com boas práticas de gestão e saber o quanto
está preparada para se expandir. Identificar e solucionar problemas internos
também ajudarão a enfrentar os desafios que vêm pela frente. O próximo passo é
preparar um plano de negócios e um planejamento estratégico. Para tanto, ouvir
opiniões de funcionários e consultores é fundamental.
"As
pessoas que ali estão são um componente essencial nesse processo. Crescer
acarreta uma transformação cultural no negócio e é preciso envolver toda a
empresa. Buscar profissionais de mercado também ajuda, assim como contratar
consultorias que possam levar boas práticas para o negócio", explica
Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L Investimentos S.A, empresa que auxilia na criação
de projetos para investimentos estratégicos.
O empreendedor
pode perceber então que a participação de um fundo de investimentos no processo
de expansão é uma alternativa aos empréstimos bancários, cada vez mais caros e
restritivos. Em sua forma mais clássica, o investidor exigirá, em troca do
aporte, uma participação societária.
"Somos
conselheiros de empresas de médio porte de diversos segmentos e realizamos as
conexões entre empresários e investidores, inclusive internacionais. Gerimos
dados de mais de 120 oportunidades tanto na ponta compradora quanto na
vendedora. Isto é possível por estarmos presentes em mais de cem regiões do
Brasil, por meio de uma ampla rede de 43 sócios e suas expertises",
informa Bertozzi.
Para que a
estruturação do negócio tenha êxito, é importante estabelecer um relacionamento
transparente entre empresário e investidor. Mas o fato é que, na maioria dos
casos, o empresário cria barreiras quanto à participação do investidor.
Divulgar informações – receitas, estratégias, previsões de investimento e
organogramas - é um receio clássico, mas que não condiz com a realidade. Entre
as companhias abertas, isso já não ocorre. E, em empresas fechadas, há sempre a
opção de decidir quais informações serão divulgadas e para quem.
"Mesmo que
o empresário tenha reservas próprias para alavancar o negócio, é mais
recomendável usar o capital de fontes externas. Não apenas porque o capital de
casa é mais caro, mas também porque, muitas vezes, ao financiar a expansão com
recursos externos, o crescimento destrava", comenta Rubens Serra,
presidente do conselho da B2L.
Fonte: Revista
Dedução
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