Cerca
de 50% das empresas no Brasil pagam mais impostos do que deveriam, segundo
estudos da Becomex, uma empresa especializada no gerenciamento integrado na
área tributária e operações internacionais. Isso porque não aproveitam
corretamente os benefícios fiscais e aduaneiros existentes, e muitas empresas
sequer sabem o potencial que poderiam economizar com o pagamento de impostos e
tributos.
“Atualmente,
os ‘serviços de inteligência fiscal’ já registraram uma redução média de 18% na
carga tributária das empresas, melhoria do fluxo de caixa por meio da
recuperação de impostos acumulados e mitigação do risco fiscal de 40%
aproximadamente. É um novo horizonte que pode agregar mais valor ao negócio e proporcionar
à área financeira da empresa um status mais estratégico que operacional”,
declara o vice-presidente da Becomex, Rogerio Borili.
O
trabalho estratégico voltado à gestão tributária é fundamental para criar um
modelo focado na busca de oportunidades, por meio da otimização de ganhos e
redução de riscos em incentivos fiscais. Em razão disso, Rogério Borili destaca
abaixo seteimportantes sinais que apontam quando uma empresa deve investir em
inteligência tributária:
1. Equipe interna
sobrecarregada
As
equipes internas estão sobrecarregadas com as constantes atualizações nas
legislações, o que dificulta a realização de uma gestão tributária mais
estratégica, focada na busca de oportunidades na área. Atualmente existem mais
de 150 obrigações acessórias e as empresas gastam mais de 2,6 mil horas por ano
para cumpri-las. Para que isso aconteça, é preciso deixar as áreas internas
mais estratégicas com o suporte de uma consultoria com metodologia e tecnologia
adequadas garantindo segurança, agilidade e rastreabilidade.
2. Erros nos cálculos de
pagamentos de imposto
Planilhas
com informações incongruentes e que geram risco no pagamento de impostos geram
penalidades e prejuízos à empresa. O antídoto é a automatização do processo, a
partir de tecnologias avançadas e personalizadas, tornando o pagamento de
impostos mais seguro e dentro do compliance, livre dos riscos.
3. Quando é uma
exportadora e importadora de produtos
Exportadoras
podem tornar a recuperação de impostos um tema estratégico a partir de uma
gestão tributária e fiscal inteligente. A correta utilização dos benefícios
concedidos pelo governo às empresas pode trazer bons resultados em curto espaço
de tempo, aumentando a competitividade e reduzindo custos.
Um
exemplo é o Programa Reintegra, benefício que permite que as empresas
exportadoras recebam os valores pagos em tributos federais (PIS e Cofins) em
etapas anteriores do processo produtivo. Porém, dos R$ 19 bilhões que o governo
esperava devolver às empresas brasileiras exportadoras por meio do Reintegra,
somente metade (R$ 9,5 bilhões) foi resgatada, mesmo em tempos de crise. A
outra metade ainda está na Receita, esperando que as empresas exportadoras do
Brasil requisitem o benefício.
4. Quando paga mais
impostos que o necessário
Estudos
apontam que cerca de 30% dos valores recuperados pelas empresas vieram de
impostos pagos a maior, seja por erros internos ou por prevenção. A
Classificação Fiscal de Mercadorias NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), é um
exemplo. Trata-se de uma espécie de RG do produto a ser comercializado,
estabelecido para identificar a natureza das mercadorias e promover o
desenvolvimento do comércio internacional. Somente um serviço especializado é
capaz de classificar corretamente as cerca de 10 mil classificações fiscais no
total.
Por
ser um processo complexo, as empresas optam por classificar seus produtos com
códigos genéricos, que geram um aumento da exposição fiscal devido à falta de
informações que caracterizam o produto. Os custos de uma peça importada podem
aumentar os custos diretos da empresa em 14%, caso seja utilizada uma NCM
genérica, por exemplo.
5. Quando possui uma
cadeia de fornecimento
As
possibilidades de potencializar ganhos com a recuperação de impostos aumentam
quando é realizado um trabalho dentro da cadeia de fornecedores e clientes,
cujo objetivo é apurar todos os benefícios fiscais e aduaneiros concedidos pelo
governo à indústria.
6. Para reduzir multas e
penalidades
Devidos
aos processos de controle da Receita Federal, cada vez mais tecnológicos e com
o total cruzamento de informações, as multas e penalidades por erros nos
pagamentos de impostos estão no dia-a-dia das empresas e os principais motivos
são: informação inexata, falta de informação e não-cumprimento de prazos na
entrega das Declarações. Esses motivos apontam a necessidade de auditar todos
os processos antes de transmitir as informações, pois fazer a entrega da
declaração não evita multa. É necessário entregá-la corretamente.
7. Contabilidade pode
trazer dinheiro novo para empresa
Por
não estarem preparadas para acompanhar as cerca de 5 mil leis que sofrem
constantes modificações, as empresas brasileiras deixam de receber créditos que
têm por direito. Porém, uma gestão tributária eficaz pode tornar-se a maior
fonte de riqueza por meio da recuperação tributária, trazendo “dinheiro novo”.
“Vender
mais e com maior margem não é o único caminho para capitalizar a empresa. É
preciso cada vez mais utilizar os benefícios fiscais para reduzir custos e
aumentar a rentabilidade, especialmente em tempos de crise”, conclui Rogério
Borili.
Fonte:
Startupi
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