Um
bom planejamento financeiro empresarial é essencial para projetar e administrar
bem um negócio. É por meio dele que conseguimos visualizar:
- Custos;
- Receitas;
- Despesas;
- Margens de Lucro;
- E metas (é muito importante que sejam bem estabelecidos os objetivos a serem alcançados ao longo do ano).
Portanto,
organizar os rendimentos só traz benefícios, que vão desde sustentar a empresa
à viabilização do reinvestimento em setores que se fazem necessários. Além
disso, essa projeção também abre portas para a expansão e evita o encerramento
precoce da companhia – causado principalmente porque muitos empreendedores não priorizam
a gestão financeira.
Para
que isso não aconteça com você, eu elaborei algumas dicas para se ter em mente
na hora de montar ou reestruturar o seu negócio:
1. Elabore metas
Como
dito antes, traçar objetivos é fundamental. É a partir deles e da análise de
vários cenários possíveis que você vai desenvolver planos de ação precisos para
o futuro da sua empresa, como aumentar 20% as vendas em um ano, diminuir os
custos de produção em 10% ou melhorar a imagem da marca.
É
empolgante, não? Mas para isso acontecer, é preciso investir. Então, com essas
metas bem definidas no papel, o planejamento financeiro empresarial se faz
imprescindível para que você alcance o que idealizou, evitando erros no caminho
e assegurando que o dinheiro vai estar lá quando chegar a hora de usá-lo.
E
mais um adendo: nos casos de dívidas, a organização é ainda mais necessária.
Verifique quais despesas são possíveis de pagar, defina as prioridades e busque
soluções para quitar as contas pendentes.
2. Abuse das planilhas
O
Sebrae disponibiliza gratuitamente uma série de planilhas em Excel para que
você inicie o controle da sua empresa.
Com
elas, você será capaz de desenhar todas as despesas, ganhos e demais custos do
seu dia a dia. Assim, estará sempre de olho na situação da companhia e saberá o
momento certo de investir ou recuar.
3. Se agarre ao planejado
Uma
vez delineado o seu plano financeiro, mantenha-se nele. Trabalhe conforme o
elaborado, tendo em mente sempre as metas que você almeja para o seu negócio.
Assim, sempre que precisar usar o dinheiro da empresa, você vai avaliar melhor
a situação e investir apenas no que é realmente necessário em prol dos
objetivos traçados.
Se
você analisar que a compra é importante, não deixe de levantar diversos
orçamentos com vários fornecedores e comparar os preços e os custos-benefícios.
Fique de olho em gastos com produtos ou serviços irrelevantes para a sua
necessidade.
Outro
fator muito importante é evitar desperdícios, tanto em materiais desnecessários
quanto em despesas fixas da empresa, como energia, água e outras contas
básicas.
4. Analise os resultados
Você
já sabe que precisa fazer relatórios regulares sobre as finanças da empresa,
mas também é essencial que esses dados sejam analisados para entender, de fato,
se os resultados estão ou não dentro do planejamento financeiro.
Manter
essa rotina de avaliação possibilita diagnosticar problemas, erros e,
principalmente, a saúde do seu empreendimento.
5. Trabalhe com fundo de
reserva
Toda
empresa precisa trabalhar com uma reserva financeira pré-estabelecida, para que
se mantenha funcionando caso exista uma oscilação de mercado ou se as metas de
faturamento não forem atingidas em um determinado período.
É
claro que cada companhia e ramo tem sua particularidade, mas sempre pense em
ter como fundo um valor que pague, pelo menos, o custo total do próximo mês.
6. Não misture as finanças
O
planejamento financeiro pessoal, principalmente para quem é empresário, também
se faz muito necessário. Isso porque não misturar as finanças da empresa com as
próprias contas é uma das premissas mais básicas para que o negócio prospere.
Portanto,
é muito importante que seja determinada a remuneração dos sócios – o chamado
pró-labore. Dessa forma, as retiradas sem controle do caixa da empresa são
evitadas, além de que, somente assim, é possível entender a lucratividade e
possibilidades de cada um.
7. Se necessário,
terceirize
Existem
muitos softwares de gestão financeira no mercado que podem ajudar nesse
planejamento. Uma boa opção também é a contratação de especialistas ou empresas
de consultoria que auxiliam nessa organização.
A
terceirização desse serviço também é uma ótima opção, pois além de aliviar
alguns departamentos da sua empresa ao transferir procedimentos burocráticos
para profissionais especializados, também permite que a sua equipe foque no
objetivo original do negócio.
O
interessante, nesses casos, é que a escolha do prestador desses serviços seja
feita com base no quanto isso vai te ajudar a gerir a sua empresa. Não basta
contratar manuseadores de papéis. É preciso ter ao lado parceiros capazes de te
instruir e auxiliar nas tomadas de decisões para a saúde do seu empreendimento.
8. Mantenha-se
atualizado(a)
Saber
os termos técnicos e os significados de cada operação financeira é fundamental
para entender as diferenças entre cada um e elaborar um planejamento financeiro
empresarial. Veja alguns deles:
- Faturamento: total bruto arrecadado em determinado período;
- Lucro: diferença do faturamento menos os gastos;
- Gastos: despesas totais e custos;
- Investimentos: valores utilizados para melhorar ou expandir a empresa;
- Capital de Giro: recursos financeiros para o negócio continuar em operação;
- Ponto de Equilíbrio: ponto onde a companhia consegue pagar as próprias contas, mas ainda não oferece lucro;
- Fluxo de Caixa: diferente do Capital de Giro, essa ferramenta é determinada pela avaliação de tudo o que entrou e saiu das finanças da empresa em um determinado período, podendo ser positivo ou negativo.
Mas
não se apegue só a isso. Um bom empreendedor está sempre atento a o que
acontece no mundo e às transformações econômicas, políticas e sociais. Leia e
se informe sobre tudo!
Fonte:
Pigatti Contabilidade
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