A
maior interação entre as micros, pequenas e médias empresas dos países membros
do Brics, bem como a adoção de políticas voltadas ao seu fortalecimento, serão
uma agenda permanente das discussões futuras do grupo, segundo disse ontem o
ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Mauro
Borges, após reunir-se com ministros de comércio dos outros quatro países que
compõem do grupo.
"Se
pegarmos exemplos com os da China e da Índia, essas economias são ainda
fortemente baseadas em pequenas e médias empresas, até mais, relativamente, do
que os outros três países", afirmou Borges a jornalistas, durante a
divulgação do comunicado conjunto resultante da reunião. Ele acrescentou que,
no Brasil, as empresas desse porte têm sido "extremamente
importantes" para a manutenção do emprego e para a inovação tecnológica,
através dos avanços feitos por startups.
Ações
Conforme
o comunicado divulgado após o encontro entre os ministros, ficou acertado que
os cinco países buscarão promover a cooperação nessa área, através, por
exemplo, do compartilhamento de informações sobre esse segmento, da adoção de
novas políticas, e do incentivo ao contato entre as companhias de diferentes
países. "Em todos os aspectos, esse vai ser uma agenda permanente para os
ministros de comércio nas próximas reuniões", frisou.
Infraestrutura
O
ministro também comentou a atuação do banco de desenvolvimento que o grupo
pretende instituir nesta Cúpula. Ele ressaltou que o foco da nova instituição
financeira será incentivar projetos de infraestrutura.
Um
dos possíveis projetos a serem viabilizados, disse, é a construção de ferrovias
no Brasil, as quais poderão ser feitas com apoio da China, que possui mais
expertise no assunto em questão. Ele salientou que os investimentos realizados
pela instituição serão voltados para o longo prazo. "No longo prazo, a
infraestrutura é essencial para a nossa competitividade. Esse é o nosso
principal objetivo ao criar esse banco", acrescentou.
O
comunicado conjunto destaca o estudo realizado pelo Grupo de Relações para
Assuntos Econômicos e Comércio (Cgeti, na sigla em inglês), o qual recomenda a
promoção de exportações de maior valor agregado pelos cinco países e o
fortalecimento do comércio dentro do grupo. O documento aponta ainda a
necessidade de fortalecer o comércio eletrônico dentro do bloco, como forma de
fortalecer uma cooperação econômica mais estreita entre os membros.
Fonte:
Diário do Nordeste - CE
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