A
indefinição sobre a publicação definitiva do leiaute do eSocial, além das
alterações no cronograma de início do envio dos arquivos, vem causando dúvidas
e incertezas às empresas, aos trabalhadores e aos desenvolvedores de softwares
necessários à transmissão dos dados.
Projeto
que unificará o envio das informações trabalhistas e previdenciárias dos
trabalhadores brasileiros, o eSocial tem colocado em apuros até mesmo as
grandes empresas, que compõem em torno de 5% do total das corporações do país,
embora elas possuam melhores estruturas para atender a esta obrigação.
Já
as micro, pequenas e médias empresas, que totalizam mais de 95% dos
empregadores nacionais, estão praticamente perdidas, em meio a tantos
desencontros, principalmente porque ainda estão lidando com um leiaute
provisório.
Para
ser atendido com a produtividade e a celeridade que o processo exige e
necessita, é imperativo o uso de bons softwares e processos internos. As
empresas desenvolvedoras de tecnologia da informação (TI) precisam criar,
testar, implantar e treinar os usuários. Com a falta de um leiaute definitivo,
ainda não passaram da fase de análise. Ou seja, parece pouco provável que o
eSocial comece a funcionar de fato ainda em outubro deste ano, conforme a mais
recente prorrogação de data.
As
pequenas e médias empresas, que são atendidas na sua grande maioria por
empresas de contabilidade, terão ainda que treinar os colaboradores e
conscientizar cada um dos seus clientes a mudar toda uma cultura de anos, para
que as informações cheguem com a qualidade e a velocidade que o eSocial exige.
Isso demanda tempo e muita conversa, além de investimentos com TI e treinamentos
de capacitação.
Em
verdade, o eSocial é um grande projeto, mas com tantas indefinições à sua
volta, tornou-se evidente a necessidade de uma implantação realizada em etapas.
Iniciando com o saneamento dos cadastros - que deve ser feito pelo poder
público e não pelas empresas - e finalizando com a emissão das guias de
recolhimento, tudo precisa ser implantado sem atropelos e com total segurança.
Fonte:
DCI – SP
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