Cada
vez mais as organizações têm percebido que para alcançar crescimento, lucro,
clientes satisfeitos e bons resultados em todos os setores e projetos é
fundamental se ter motivação e satisfação da equipe de trabalho.
Algumas
poucas empresas já perceberam que a adoção de medidas de punição coercitivas,
metodologias mais autocráticas de gerenciar geram produtividade, mas num curto
espaço de tempo, muitas vezes levando o gestor "mandão" a adotar
novas técnicas coercitivas para levantar a produtividade e mais uma vez por
tempo limitado.
As
empresas que perceberam isso estão procurando adotar técnicas diferenciadas
para manter a produtividade de forma quantitativa e qualitativa. A especialista
em desenvolvimento organizacional da IBE-FGV, Rita Ritz, explica que as
empresas têm enfrentado essa realidade, principalmente, pela mudança imposta
pelas novas gerações, que buscam um sentido no trabalho que vai além do
salário.
"Antes,
as pessoas se motivavam com um bom rendimento, um plano de previdência privada
ou a estabilidade no emprego. Os profissionais das novas gerações buscam
satisfação pessoal e profissional. Eles querem saber que o trabalho é
importante não apenas para a organização, mas também para o mundo ao seu redor
e para eles mesmos", explica Rita Ritz.
"Além
disso, também querem qualidade de vida e sentir que a companhia para a qual
trabalham também se preocupa com isso e os auxilia a conquistar os seus
objetivos e sonhos. A realidade é completamente outra e isso implica grandes
desafios para manter o nível de motivação", disse a professora.
Rita
Ritz destacou que cada vez mais as empresas trabalham com equipes
multidisciplinares, ou seja, grupos diferentes para serem complementares.
"Se você tem um grupo de diferentes perfis profissionais não é com o mesmo
recurso, com a mesma prática que você vai motivar todo mundo", alerta.
Na
avaliação de Rita, o bom gestor tem que saber o que motiva essa equipe que está
trabalhando com ele e direcionar ações de motivação que contemplem essas
pessoas tentando mesclar estímulos de fora para dentro e de dentro para fora.
Os
estímulos de fora para dentro são os financeiros, as promoções, bonificações e
prêmios em viagens. Os estímulos de dentro para fora são desenvolvimento, a
possibilidade de experiências em outros países, certificações, o que esses
profissionais almejam, MBAs, ou seja, são estímulos mais duradouros e
consistentes que influenciam diretamente na produção e em resultados positivos.
"O
papel do líder e do gestor não é saber tudo porque cada vez mais ninguém sabe
tudo. As informações são produzidas em tal ordem de velocidade que ninguém pode
mais se dar ao luxo de achar que deve saber tudo. O líder contemporâneo não é
aquele que quer saber tudo. É aquele que quer se cercar de profissionais que
saibam, então ele tem que saber conviver com as diferenças, com os diferentes
profissionais, porque são eles que vão trazer o conhecimento que ele não tem e
aí nessa hora é importante que o líder saiba se cercar de pessoas que tenham
diferentes perfis como pessoas com mais experiência e pessoas mais jovens com
menos experiência. Juntar essas pessoas de forma que elas somem com as
diferenças delas", explica.
Fonte:
DCI – SP
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