O
número de declarações retidas em malha fiscal em 2013 cresceu 17,7% na
comparação com 2012, para 711.309 documentos. E, como ocorre todos os anos,
erros na informação de rendimentos foram o principal motivo de incidência, com
430.783 retenções, ou 61% do total de declarações em malha. Na maior parte
dessas declarações - em 373.810 delas, ou 53% do total retido em malha - foi
detectada omissão de rendimento, um erro que pode ser atribuído ao
contribuinte, que deixou de informar uma receita recebida por ele ou por um
dependente.
Outros
erros na informação de rendimentos detectados pela Receita podem ter sido
provocados pela fonte pagadora, que deixou de enviar a Declaração de Imposto de
Renda na Fonte (Dirf) - e 40.416 declarações, ou 5,7% do total, foram barradas
por esse motivo - ou informou ao contribuinte valor de rendimento diferente do
que consta na Dirf.
A
Dirf é uma declaração entregue pela empresa, em que ela relaciona valores
retidos na fonte a título de Imposto de Renda sobre rendimentos pagos a
funcionários e colaboradores.
Esses
números mostram a importância de o contribuinte ser cuidadoso na declaração de
seus rendimentos. Para Eliana Lopes, coordenadora de Imposto de Renda da
H&R Block, consultoria especializada em serviços de Imposto de Renda de
Pessoa Física, ao fazer a declaração, é preciso estar atento ao fato de que
cada vez mais a Receita Federal se abastece de informações sobre o
contribuinte, e qualquer informação errada que ele fornecer poderá ser
detectada.
O
Leão confronta eletronicamente dados das declarações de contribuintes com
diversas declarações de pessoas jurídicas que recebe com informações sobre as
pessoas físicas. Ao identificar qualquer indício de irregularidade, retém a
declaração para uma análise mais apurada. É ampla a lista de dados do
contribuinte que já estão com a Receita, desde quanto ele recebeu da empresa em
que trabalha, ou de seus trabalhos eventuais, assim como a entrada e saída de
dinheiro da conta corrente, despesas pagas no cartão de crédito, pagamentos
feitos a hospitais e planos de saúde, compra e venda de imóvel e de ações.
Fonte:
O Estado de S. Paulo
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