Quando
todas as contas do condomínio estão juntas, apresentadas nos boletos e
balancetes, a pergunta é a mesma para a grande maioria dos síndicos: o que
eliminar no orçamento para economizar?
Encontrar
o que pode ser simplesmente extinto ou otimizado é difícil, mas dá para deixar
o orçamento mais enxuto com medidas de economia simples, revisão de contratos e
a substituição ou instalação de alguns equipamentos, como minuterias nas
lâmpadas de algumas áreas ou a contratação de um folguista, se as horas-extras
já não valem mais a pena.
FOLHA DE PAGAMENTO
Horas
extras: normalmente, esta é uma das maiores fontes de gastos excessivos. Muitas
vezes sai mais barato contratar um folguista do que acionar horas extras dos
funcionários. Conte também com uma escala de revezamento bem organizada.
Terceirização:
é importante observar que a terceirização de mão-de-obra nem sempre traz
economia, sua maior função é livrar o condomínio do gerenciamento dos
funcionários. A empresa cuida de seleção, contratação, treinamento, elaboração
de escalas, substituição em faltas e férias, além de toda a burocracia
trabalhista. Por outro lado, há empresas que apresentam custos baixos, mas
pagam mal os empregados, gerando muitas substituições e serviços de baixa
qualidade. Fique atento!
ÁGUA
Controle
de vazamentos: aumentos injustificados na conta podem indicar vazamentos. Além
disso, estes podem trazer danos para a estrutura do prédio. É importante que o
zelador sempre faça vistorias na edificação, identificando possíveis vazamentos
e comunique imediatamente a administração quando forem encontrados. Também há
empresas que realizam vistorias mais aprofundadas, incluindo inspeções nas
unidades. O zelador também pode verificar as descargas dos banheiros das
unidades, que são outro grande foco "invisível" de vazamento.
Individualização
de hidrômetros: há empresas que instalam aparelhos de medição em cada
apartamento ou unidade, para que cada um pague diretamente o que consumiu.
Isso, é claro, gera maior controle e economia na grande maioria dos casos. Cada
condômino deixa de pagar a conta de água no condomínio, recebendo-a em casa.
Funcionários
e condôminos: é importante que todos estejam conscientes de como usar
racionalmente a água. Comunicados e campanhas internas costumam surtir grandes
economias.
Piscinas:
devem ser cobertas quando fora de uso, pois há muita perda por evaporação.
ENERGIA ELÉTRICA
Luzes:
é com a racionalização do uso das luzes que se tem a melhor relação
custo-benefício na economia de energia elétrica. A introdução de sistemas
inteligentes, que incluem minuterias e sensores de presença, não requer
investimentos vultosos.
Lâmpadas
Fluorescentes: gastam menos energia, principalmente se usadas com refletores, e
têm maior vida útil do que as incandescentes. Além disso, é preciso verificar
se as lâmpadas têm voltagem apropriada para o local, pois se isso não ocorre a
vida útil é reduzida.
Rodízio
de elevadores: pode-se deixar um dos elevadores desligados entre as 22 e as 6
horas. Mesmo parado, o equipamento gasta energia com sua iluminação. E de
quebra, evita-se que o usuário chame dois elevadores neste período.
ELEVADORES
Contrato
de manutenção: É difícil para o leigo saber se seu condomínio está com contrato
superior às necessidades. Mas há algumas dicas:
- Elevadores de prédios novos não precisam necessariamente de contratos de manutenção, já que não haverá muitas substituições de peças. Nesse caso, a conservação é mais indicada.
- A manutenção pode ser um bom negócio para prédios mais antigos, desde que o valor cobrado seja compatível com as peças de reposição incluídas.
- Em elevadores mais antigos, a modernização do equipamento, apesar de exigir investimento elevado, pode gerar economia considerável. O grande desafio é saber se realmente o elevador necessita ou não desta intervenção.
- Comparar com prédios vizinhos os valores praticados.
- Anualmente, pedir uma revisão de contratos.
- Solicitar para outras empresas orçamentos sem compromisso.
Sistemas
de economia: Há
equipamentos que geram economia de energia elétrica e/ou protegem o maquinário
contra o desgaste excessivo, como o sinalizador contra chamadas múltiplas.
Equipamentos antigos também podem ser modernizados, para que não se tenha que
futuramente fazer uma reforma total no sistema.
MATERIAL DE LIMPEZA
Controle:
deve-se ter um registro das despesas mensais com este tipo de material, para
identificar aumentos injustificados, e até o desperdício consolidado.
INADIMPLÊNCIA
É
uma grande fonte de evasão de divisas do condomínio. Duas atitudes são
fundamentais: cobrança ágil (inclusive judicialmente) e ter um fundo de
cobertura à inadimplência, para que o condomínio não atrase suas contas,
criando assim mais uma fonte de despesas.
MANUTENÇÃO
Manutenção
preventiva: condomínios mais antigos têm tendência a gastar mais em reparos de
equipamentos e reformas emergenciais na estrutura. Assim, sempre há taxas
extras para custear estas obras ou reparos, ou ainda, estes custos estão sempre
embutidos na taxa mensal. A manutenção preventiva pode ser fonte de economia,
apesar de ser um gasto constante. Reformas estruturais e nos equipamentos têm
custos muito elevados.
Prestadores
de serviços: o condomínio pode perder dinheiro com prestadores quando não firma
contratos adequados, gastando mais do que o previsto, até pagando pelo mesmo
serviço duas vezes. Muitas vezes o condomínio tem contratos de manutenção e
mão-de-obra que não resguardam seus direitos.
PARTICIPAÇÃO DOS
CONDÔMINOS
Muitas
vezes acontece de a falta de interesse dos condôminos gerar descompromisso da
própria administração em racionalizar os gastos. É importante que toda a
comunidade condominial esteja realmente empenhada em identificar despesas
desnecessárias, e descobrir modos de economia em sua própria realidade.
SEGUROS
Na
hora de fazer uma apólice de seguros, verifique se esta é adequada às
necessidades do edifício. Peça sempre três orçamentos para ter uma ideia das
disparidades de preços e de abrangência dos serviços.
O
comissionamento do corretor também pode representar um gasto importante, uma
vez que ele varia de 1% a 60% do valor da apólice. O mercado trabalha na faixa
entre 20% e 30%, em média.
Fonte:
Sindiconet
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