A
necessidade de se contratar um contador ou advogado tributarista para fazer a
declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) depende da quantidade de
informações que o contribuinte precisa repassar à Receita Federal,
principalmente sobre várias fontes de renda. Estão incluídos nessas classes o
Microempreendedor Individual (MEI) e o profissional liberal, além de pessoas
com dependentes que possuem rendimentos e que compraram ou venderam bens.
Considerado
relativamente simples, o preenchimento da declaração de IRPF fica mais difícil
conforme a quantidade de dados que precisam ser incluídos. Depois dos erros de
digitação, os problemas que mais ocorrem nos relatórios são o esquecimento de
fontes pagadoras pelo fato de o trabalhador ter mudado de emprego, de
informações sobre valores de transações bancárias e da não inclusão de
rendimentos de dependentes. Por isso, a orientação é que o contribuinte busque
se familiarizar o quanto antes com o sistema da Receita Federal e, se encontrar
dificuldades, procure a ajuda de um profissional.
Porém,
falta apenas uma semana para o prazo final para a entrega das declarações, às
23h59 do próximo dia 30. A expectativa no Fisco do Paraná é de receber 1,680
milhão de documentos, mas até às 15 horas de ontem haviam sido enviados 798.186
formulários, ou 48% do total. No País, o último balanço foi divulgado na
quinta-feira passada e aponta para 11,4 milhões de declarações, ou 43% das 27
milhões que são esperadas.
Diretor
do Sindicato dos Contabilistas de Londrina (Sincolon), o contador Aldo Roberto
Camargo afirma que quem deve precisar de um profissional da área e ainda não
fez a contratação deve correr. "O prazo é curto e o contribuinte que tem
declaração para fazer e precisa de ajuda tem de se apressar, porque os escritórios
estão lotados de serviço."
Camargo
diz que a maior dificuldade é para pessoas que têm informações demais para
preencher, com mais de uma renda, por exemplo, o que gera uma declaração
inconsistente. "São os casos em que a declaração de gastos acaba maior do
que a de rendimentos", conta o diretor do Sincolon.
O
vice-presidente do Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoria, Perícias
e Contabilidade de Londrina (Sescap), Euclides Nandes Correia, afirma que
vendas de bens também costumam gerar dúvidas, quando resultam em ganhos de
capital. No entanto, ele diz que a maioria dos que enfrentam problemas são os
empresários, que representam 99% dos clientes do escritório de Correia.
Nessa
classe, ele cita o MEI e o profissional liberal como dois tipos que precisam de
maior cuidado. "O profissional liberal precisa tomar cuidado porque tem de
fazer a declaração mensalmente pelo livro-caixa e, agora, precisa fazer o
ajuste", diz. No caso do microempreendedor, Correia considera que há dificuldade
em fazer os ajustes relativos ao pró-labore e ao lucro no ano, que não podem
exceder R$ 60 mil. "De repente houve ganho de patrimônio e o MEI precisa
justificar isso", explica.
Fonte:
Folha de Londrina - PR
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