Associações
que representam diferentes segmentos do varejo estão se unindo para, entre
outras demandas, reivindicar a flexibilização na contratação de mão de obra
temporária e simplificação de tributos. A criação da União Nacional das
Entidades de Comércio e Serviços (Unecs) foi anunciada durante convenção do
setor de supermercados em Atibaia, São Paulo.
O
presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada,
afirma que a pauta tributária e trabalhista foi um dos consensos que uniu, além
da Abras, entidades como a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL),
a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associação
Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), entre outras. Um
dos pleitos é a criação de vagas de emprego por curtos períodos de tempo.
Yamada
ainda defende a redução da incidência da contribuição do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) sobre folha de pagamento de 20% para 15%. O setor
supermercadista não aderiu à desoneração da folha de pagamento na regra que
substitui a contribuição ao INSS pelo pagamento de taxa de 1% do faturamento.
"Não é viável para nós porque vai contra a melhoria da produção e da
competitividade", comentou. A substituição, comentou, deixa de ser interessante
na medida em que um custo que era variável e poderia cair com ganhos de
eficiência se tornaria fixo.
Projeção
Na
última terça-feira, a Abras divulgou sua projeção de crescimento para as vendas
do setor em 2015. A entidade espera que o setor registre alta de 2,5% no
próximo ano, já descontada a inflação. O número é superior aos 1,9% esperados
para 2014, mas inferior ao patamar dos últimos anos, principalmente
considerando que a base de comparação será fraca.
Apesar
dos números, Yamada evitou o discurso pessimista. Ele destacou que pesquisas de
hábitos de consumo revelam queda na freqüência de visitas das famílias aos
supermercados, mas considerou que ainda há oportunidades a serem capturadas.
"Nota-se que o consumidor ainda não abre mão de marcas que são importantes
para ele, de produtos que considera saudáveis e que apresentam soluções para o
dia a dia", ponderou.
Para
ele, esse aspecto indica que, apesar da desaceleração do consumo, o Brasil não
deve voltar ao patamar de consumo mais fraco que acontecia em anos anteriores
ao processo de aumento de renda e crescimento da classe C.
Fonte:
Diário do Comércio
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