A
política salarial é um conjunto de regras que definem os padrões usados pela
empresa. Assim ela diminui as chances de decisões arbitrárias – e a dependência
do bom humor do sócio para aprovar uma contratação ou determinado aumento de
salário. Mas apesar de parecer, definir quanto cada funcionário vai ganhar não
é um bicho de sete cabeças. “O grande segredo da microempresa é não complicar
muito para torná-la simples para quem administra e para o próprio empregado”,
diz Marcelo Treff, professor do curso de Administração da PUC-SP. Ele dá seis
dicas de como fazer isso:
1. Descreva os cargos
É
preciso saber exatamente as atividades que cada um desempenha para poder
avaliar a complexidade de cada cargo. Depois disso, definem-se os requisitos
mínimos exigidos, como formação e experiência. O ideal é usar os cargos padrão:
auxiliar – assistente – analista – supervisor – gerente.
2. Olhe para dentro
Para
que haja um equilíbrio interno, deve-se comparar os cargos, analisando suas
responsabilidades, para estabelecer o valor relativo de cada um dentro da
empresa. Assim, também se define quais áreas são mais importantes,
estabelecendo uma proporção, ainda que sem valores fixos. Para empresas de até
50 funcionários, a comparação ou a definição da hierarquia são as melhores
forma de fazer isso.
3. Observe o mercado
A
base de salários sempre deve ser o mercado, para que a remuneração seja
parecida. Para estar em equilíbrio também com o meio externo, deve-se pesquisar
como outras empresas do mesmo segmento e porte remuneram seus funcionários. É
bom ter isso claro para também poder esclarecer à equipe o padrão utilizado.
Empresas especializadas vendem pesquisas específicas de cada segmento, assim
como entidades de classe.
4. Não se esqueça do
orçamento
Os
salários devem ser compatíveis com o orçamento da empresa. Nunca extrapole as
contas para igualar os salários.
5. Se não puder pagar
mais, tente aumentar os benefícios
Caso
a empresa não consiga pagar os mesmos salários que outras do mesmo ramo, uma
alternativa é dar mais atenção aos benefícios, que podem ajudar a atrair ou
reter os funcionários. “Hoje as pessoas valorizam muito itens, como plano de
saúde, seguro de vida, participação nos lucros e previdência privada”, diz
Treff. Mas eles também precisam caber no orçamento.
6. Ponha tudo no papel
É
preciso colocar no papel os princípios que vão guiar as decisões e se
comprometer a seguir o combinado. “Principalmente nos micro e pequenos
negócios, os donos da empresa têm de seguir isso, senão não funciona”, afirma
Treff. Deve-se incluir a nomenclatura dos cargos, as formas e pré-requisitos de
promoção e aumento salarial – seja por mérito ou por maturidade, por exemplo –,
quem aprova os aumentos, como e quando serão realizadas avaliações de
desempenho. Também entra no documento um item com quais áreas foram definidas
como mais valiosas.
Fonte:
Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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