Trabalhar
manualmente as informações, gerando arquivos de acordo com a disponibilidade da
organização, garante a possibilidade de ajustar algumas exigências previstas na
lei. Com o eSocial, cujos layouts são parametrizados de acordo com as
disposições legais, muitas práticas, possíveis até agora, deixam de ser
viáveis. As empresas perdem parte da flexibilidade que garante, entre outras
coisas, a possibilidade de conceder férias fracionadas.
“Digamos
que está se usando o conceito da lei, na íntegra da legislação. O que tem sido
sinalizado é que não por isso não se possa flexibilizar alguma coisa, mas a
grosso modo, não”, sacramenta a gerente de produtos da ADP, Angela Rachid.
No
atual cenário, em relação às férias, as empresas só terão a possibilidade de
conceder 20 dias de férias mais 10 dias ressarcidos em dinheiro ou 30 dias
fechados. “Até antecipar as férias vai ser aceito, mas as fracionadas não estão
sendo consideradas. O máximo que a empresa conseguiria, no contexto atual, é
antecipar as férias, mas isso não quer dizer que não possam surgir novas
flexibilizações”.
Angela
sinaliza para a possibilidade de que surjam mudanças que assegurem autonomia da
empresa diante de alguns procedimentos. “Há um contexto muito favorável a isso,
o governo não está sendo rígido – algumas, sim, já foram fechadas as questões e
posicionadas que não será possível. Mas as férias ainda estão sendo estudadas”,
comenta.
Outro
ponto que tem gerado polêmica ocorre com as chamadas “rescisões
complementares”, que para o governo não existem. A lógica é de que a partir do
momento em que o funcionário deixa de fazer parte do quadro da empresa, todos
os seus direitos devem ser garantidos tão logo ele esteja dispensado. Para
fazer acertos pendentes, que podem ser decorrentes de dissídios ou acordos
coletivos, será necessário reabrir a rescisão para efetuar o ajuste.
Ainda
em estruturação, os layouts ainda estão sendo estudados, e o governo deve
apresentar um layouts definitivo até o fim deste mês. Angela lembra que nos
dois últimos meses do ano, entre novembro e dezembro, empresas de
desenvolvimento de softwares realizarão testes dos sistemas junto com os órgãos
que estão definindo os parâmetros. Dos testes podem surgir novas alterações ou
mesmo cronogramas. De qualquer forma, a mudança nos processos internos é certa
e irrevogável. Revisá-los o quanto antes é o melhor caminho para adequação.
Fonte: Jornal do Comércio - RS
Fonte: Jornal do Comércio - RS
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