Em
atenção a um pedido atribuído à presidente Dilma Rousseff, o relator da revisão
da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, deputado federal Cláudio Puty (PT-PA),
decidiu não incluir um reajuste no teto de receita anual para inclusão no Super
Simples, atualmente em R$ 360 mil (microempresas) e R$ 3,6 milhões (pequenas
empresas).
O
relator queria inserir no texto aumento do teto para micro e pequeno empresas
para R$ 432 mil e R$ 4,32 milhões, respectivamente. Mas, segundo Puty, foi
feito um acordo entre a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e a
presidente da República que não era de seu conhecimento e do qual não fez parte
quando do último dia do teto para inclusão no Super Simples o ajuste há dois
anos. "Pelo acordo, para se garantir o aumento dado anteriormente de R$
3,6 milhões, não seria proposto o reajuste do teto para 2014", afirmou o
relator ao DCI.
Puty
disse que pretende estabelecer uma fase de transição para evitar a exclusão
automática dos empreendimentos que ultrapassem esse teto de receita anual.
Afirmou que a Receita Federal é contra qualquer mudança na Lei.
Para
evitar novas frentes de contestação à proposta, o relator afirmou que prefere
investir na eliminação da substituição tributária (cobrança antecipada de
tributo) e na inclusão de todas as micro e pequenas empresas no Super Simples -
regime fiscal favorecido que reúne em uma única guia o pagamento de oito
tributos.
Pela
proposta que foi lida ontem na comissão especial criada para analisar a matéria
na Câmara dos Deputados, as MPEs ficam com 25% das compras governamentais e é
elevado de R$ 80 mil para R$ 120 mil a faixa exclusiva do segmento nas
licitações para compras em geral e para R$ 225 mil para serviços de obra e
engenharia.
A
atual Lei Geral estabelece no artigo 48 que as licitações exclusivas ao
segmento não podem exceder 25% do valor licitado por ano. Em vez de teto, esse
percentual deverá virar piso, de acordo com a proposta do relator. "Hoje,
30% das compras do governo federal são feitas junto às micro e pequenas
empresas", afirmou o parlamentar. O texto examinado é o PLC 237/2012, do
deputado Pedro Eugênio (PT-PE), ex-presidente da Frente Parlamentar da Micro e
Pequena Empresa, substituído no posto pelo deputado Guilherme Campos (PSD-SP).
Fonte:
Site Contábil
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